Blog do José Ribeiro Júnior

03 janeiro 2018

JUDAÍSMO NO MARANHÃO: uma perspectiva particular do atual momento

Com o passar dos tempos, o advento do “fenômeno Sefaradi (ou Sefardita)” tem ganhado proporções imensas, nos quais, surgem as imensas divisões e subdivisões. Existem os grupos dos que acreditam serem judeus, mesmo não tendo provas, e se colocam como atuantes; existem outros que realmente são e que possuem comprovações, mas, não possuem sequer algum ânimo necessário pela causa; já outros, possuem a certeza que são, mas, possuem determinadas fragilidades quanto à identidade no ato de firmar-se, isto é, hora se reconhecem como tal (mediante as suas comprovações), hora não se reconhecem (quando são desencorajados); além dos idealistas, que independente de comprovações (sendo ou não), possuem o ânimo fundamental pela causa.

No Estado do Maranhão existem as seguintes situações, conforme descritas acima que, na realidade, ocorrem em quase todos os lugares em que se manifeste tal advento do fenômeno. Entretanto, o Maranhão é um dos poucos Estados em que a evolução da causa judaica é prejudicada e ameaçada constantemente por esta situação apresentada, pois, se não bastasse à adversidade do antissemitismo (presente em qualquer lugar do mundo), aqui existe o pior inimigo que os descendentes de judeus que, buscam firmar as suas identidades, poderiam ter, ou seja, “a concorrência entre si estimulada pela vaidade”.

Traçando um perfil psicológico de muitos dos novos adeptos do Judaísmo, conclui-se que, uma grande camada destas pessoas apresentam uma imensa dificuldade em se adaptar a um “mundo com regras básicas”, considerando que, qualquer iniciativa que vise o desenvolvimento da causa judaica no Estado, se esbarra na própria dificuldade dos adeptos que, insistem desnecessariamente, em “lutar pelo poder”. Com um intenso e intrigante perfil coletivo contraditório, que lamentam pelas poucas ações realizadas no Estado, mas, que não toleram que se tomem as devidas iniciativas para que a causa saia da inércia. Com isso, o Judaísmo no Maranhão está resumido a inúmeros grupos fragmentados, com a existência de alguns isolados em suas individualidades.

O Maranhão tem um grande potencial, com um histórico muito rico sobre os sefarditas atuando nas cidades do interior do Estado, desde meados do Período Colonial, entretanto, o grande desafio para o sefardita residente do Maranhão, é sobreviver à vaidade proposta pela ignorância de muitos, que preferem ver a causa “estacionada” do que “reacionária e vibrante”!


Que HaKadosh, Baruch Hu, tenha piedade dos que sonham e agem em prol desta causa!

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14 comentários:

  1. Shalom,só li verdades. Os judeus precisam se unir com todas as suas particularidades e ser humildes.

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  2. Shalom, José.
    O Sr. já chegou a fazer pesquisas sobre a família Milhomem?

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    1. Shalom! No momento estou pesquisando sobre esta família. Inclusive, uma pessoa me procurou esses dias, a fim de obter maiores informações. O senhor pertence a esta família? Qualquer coisa, estaremos a disposição.

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  3. Shabat Shalom existe grupo de judeus em imperatriz? Meu zap 99981349586

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    1. Shalom! Existe sim... Vou entrar em contato por meio do seu WhatsApp.

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  4. Boa noite. Onde tem um grupo de estudo em São Luís. Meu zap 98 982710943

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    1. Eu quero participar também! Preciso sair deste comodismo desta inércia. Ai da sou novo no assunto mas estou disposto a me dedicar por isso.

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    2. Shalom, Adus Pneus! Já lhe tenho no WhatsApp. Qualquer coisa estaremos as ordens...

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    3. Shalom, Marcus Oliveira! Pode entrar em contato comigo, por meio do WhatsApp: (99) 98135-9369.

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  5. Estou surpreso com o meu Estado Maranhão eu sabia que tinha desedentes de judeus sefaraditas, todas da minha família são dê Coroatá de sobrenome Pereira dos Reis e Costa Pinto, existe algum estudo que comprove que na região do Rio Itapecuru.

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