Judaísmo, mais que uma religião, um estilo de vida
Pratique a Torah, pois, Judaísmo é prática.
Bnei Anussim
Nordeste, reduto dos cripto-judeus.
Judaísmo Sefaradi
Brasil e os Bnei Anussim.
Judaísmo e os seus aspectos
Aspectos judaicos presentes na cultura brasileira e nordestina.
Identidade Judaica
Os desafios de se viver uma identidade plena.
29 julho 2018
Os cuidados necessários para que se evitem ações excludentes
AULA
Nº 05 – 25 de Julho de 2018
Muitos dos novos adeptos e
aspirantes ao Judaísmo, costumam utilizar-se de alguns procedimentos
peculiares, como fator comportamental de exclusão, para se sentirem firmados
naquilo que consideram ser “o mundo judaico”, ou, “a forma judaica de se
pensar”. Nesse sentido, é comum vermos pessoas recém-chegadas à proposta
judaica, utilizando termos como “goy” (gentio ou não judeu), postando nas redes
sociais constantes frases judaicas, ou até mesmo utilizando ternos pretos
constantemente em pleno calor nordestino, para que possam parecer-se com aquilo
que acreditam ser uma identidade judaica.
Tal sentimento está
intrinsecamente ligado ao fato de que muitos desses(as) indivíduos(as), já
trazem noções de preconceitos dos grupos religiosos ao qual estão saindo, e ao
se despertarem para uma possível prática judaica, de certa forma, sofrem (ou
sofreram) algum tipo de rejeição de grupos judaicos já constituídos (sejam pela
dureza destes ou por possíveis testes) e, com isso, tais indivíduos aspirantes
acabam que, de modo comportamental, sentindo a necessidade de se colocarem em
pé de igualdade com os grupos judaicos oficiais já existentes, assim, estes
recém-chegados iniciam-se naquilo que acreditam ser o Judaísmo, com requintes
de desigualdades, desinformações e muito extremismo.
Esses mesmos indivíduos,
acabam desenvolvendo ares de audácia ao ponto de quererem rivalizar até mesmo
com os grupos judaicos oficiais, a exemplo de quando estes se deparam com
grupos judaicos do seguimento liberal, classificando os judeus liberais como
“não-judeus”, e o Judaísmo Liberal como não sendo Judaísmo. Isto é, tais
aspirantes agem de modo absurdo e sem sequer medir com aquilo que pensam ou que
dizem.
E, assim, poluem as redes sociais
com mensagens discriminatórias a religião cristã e demais grupos (sendo que
muitos destes indivíduos vieram destas religiões), além de se posicionarem
contra homossexuais, além de serem contra o papel social da mulher, além de
criticarem os modos de se vestir das pessoas aos quais não estejam do mesmo
modo que eles acreditam ser os corretos, enfim, bombardeiam milhares de pessoas
com mensagens de ignorância, contribuindo para que muitas pessoas de fora do
Judaísmo, acreditem que o Judaísmo seja tal como o pensamento desses indivíduos
que auto-intitulam-se de judeus.
De fato, no Maranhão, ainda
presenciamos pessoas com esse perfil comportamental, perfil esse, que deve ser
evitado para as pessoas que estão aspirando ao Judaísmo de modo oficial. De
fato, é comum ver e ouvir as pessoas dizendo “no Judaísmo, onde tem 02 judeus,
existem 03 opiniões”. Porém, tais pessoas que costumam dizer isso, às vezes
esquecem que essa máxima reflete aquilo que o Judaísmo melhor possui, que é a
diversidade de posicionamentos.
Assim, torna-se fundamental
que se busque o respeito e a valorização da diversidade, pois, o modelo judaico
que um(a) indivíduo(a) vivencia hoje, poderá não satisfazer o(a) mesmo(a)
amanhã, ou, há outras pessoas que mesmo professando sua fé nos valores
judaicos, possui configurações diferentes uns dos outros, o que reforça o
princípio de que devemos ter o devido respeito ao espaço de tempo das pessoas,
além da maturação e evolução das mesmas.
Portanto, àqueles que são
aspirantes de um Judaísmo institucionalmente regularizado, fica a esta dica, de
que devem ter o cuidado para que comecem suas caminhadas judaicas do modo
correto, isto é, tentando evitar a concretização de preconceitos, a fim de que,
possivelmente, possam ser aceitos no Judaísmo sem maiores transtornos.
17 julho 2018
IDENTIDADE COMUNITÁRIA: os desafios para equidade
AULA Nº 04 – 11 de Julho
de 2018
A estrutura familiar na sua
condição social primária, revela
aquilo que se pode imaginar em torno da expressão social em geral, considerando
que, a sociedade é a representação daquilo que conhecemos por sistema social secundário. Nesse pressuposto,
podemos destacar que tudo parte de um sistema mais simples, para que seja
atingido numa expressão mais complexa. Tal como acontece com todo objeto
existente no Universo, dos quais são compostos por estruturas de átomos
coligados, e que se expressam por meio de igualdade (pontos iguais) e pontos de
diferenças, devidamente ordenados pela equidade (funcionamento dos pontos
iguais dentro das diferenças).
Conforme o exposto,
destaca-se que, a busca pela formação, aplicação e sustentação de uma estrutura
comunitária não é tão simplória de se executar como muitos imaginam,
considerando as peculiaridades existentes em cada parte integrante da estrutura
social de uma comunidade. No Judaísmo, a ação comunitária é o fator
preponderante para a perpetuação de valores e tradições, expressas e passadas
de geração para geração.
Desse modo, considerando uma
base estrutural rudimentar, isto é, tendo por base pessoas provindas de outras
religiões ou, que possuam origem judaica, porém, tais indivíduos encontram-se
em estado de assimilação cultural, por parte de outras estruturas sociais. Tais
pessoas encontram de fato, uma dificuldade gigantesca para vivenciarem um
retorno ou conversão ao Judaísmo, a exemplo das estruturas que estão se
consolidando no Brasil e, em especial, no MA.
Ao que consta a realidade,
percebe-se que muitos destes desejosos em praticar o Judaísmo, ao buscarem uma
estrutura comunitária, com vínculos, integrações, participações conjuntas, se
deparam com a dura realidade adversa aos propósitos. Tais dificuldades provêm
de fatores ligados ao quadro pessoal de cada indivíduo, em que muitos, querem
viver um Judaísmo à sua maneira ou, conforme compreendem como seja o estilo de
vida judaico.
Uns buscam um estilo mais
tradicional, desejando que os demais assim também sejam; enquanto, outros
buscam a adequação de um papel comunitário, frente aos desafios locais. Os
atritos desse embate, contribuem para o enfraquecimento de toda a estrutura
social, ao qual se pretende compor. Mediante a esta situação, muitos imaginam
que as bases de uma comunidade forte e bem constituída, encontra-se em na busca
pela igualdade.
Entretanto, como obter uma
igualdade mediante a composição da diversidade presente na estrutura social?
Tal questionamento define o tão complexo é o princípio da integração de um
sistema social. Nesse sentido, a igualdade é tudo aquilo que envolve
radicalmente o nivelamento de situações, a exemplo da cor 100% preta, que é
igual à cor também expressa como 100% preta (o óbvio, pelo óbvio).
Nesse pressuposto, como oferecer
uma igualdade para uma estrutura social composta pela diversidade? Simplesmente
é impossível! E, isso se pode afirmar com base no princípio de que tal situação
violaria os direitos a estrutura comportamental dos seres humanos, originada no
ato de pensar, e na sua eventual capacidade de se organizar em grupos.
Nesse sentido, o que uma
comunidade necessita para alavancar-se está contida não na igualdade dos seres
que a compõem, mas sim, na capacidade dos mesmos em conviverem mutuamente, em
busca de equilíbrio. Com isso, uma comunidade que se preze, e que necessita ser
posta em vigor, para que os seus membros vivam em estrutura organizacional,
deverá incessantemente buscar por “equidade”.
A equidade pode ser vista
como um fator que trabalha determinados pontos de igualdade em meio à
diversidade, oferecendo a possibilidade de ações que pairam em torno do
equilíbrio social, a fim de que cada ser humano seja equivalente ao seu
semelhante, dentro do respeito de suas respectivas diferenças, com qualidades
e/ou defeitos.
A prova de que uma sociedade
precisa ter ações pautadas nas diferenças, e busca constante de pontos de
equilíbrio, para a obtenção de uma equidade, pode ser percebida nas afirmações
do sociólogo e judeu francês, Émile Durkheim (1858–1917), que defendia o
princípio de que a sociedade só funcionava, pois agia de modo diferenciado,
mutuamente, não podendo assim existir, caso tudo fosse igual.
Assim, as diferenças sociais
devem existir, as desigualdades precisam existir, o que não se pode existir são
os extremos, isto é, a criação de uma extrema riqueza, baseada na exploração e
criação de uma extrema pobreza. Nesse sentido, não se pode pensar numa
estrutura social em que só existam professores, e nenhum aluno(a); ou, que
sejam 100% compostas por alunos, mas, com nenhum professor(a). Tal como uma
estrutura judaica, não poderia existir se todos os membros fossem rabinos, não
existindo outras funções ou membros; do mesmo modo, em que uma estrutura
comunitária judaica, padeceria se todos fossem apenas membros comuns, não
possuindo representação política ou religiosa (dando margem para a criação de
oportunismos por parte de alguns).
Nesse sentido, se alguém é
destacado para ser o zelador de uma sinagoga numa estrutura comunitária
iniciante, que tal pessoa se contente e se orgulhe de seu papel, pois será um
papel único e relevante. Tal como os demais membros destacados para outras
tarefas, que devem trabalhar para o benefício das mesmas, pois, cada peça estando
no seu devido lugar, funcionará como um fator de êxito para todos.
Assim, cada um deve
responsabilizar-se de seus atributos, não interferindo nos modos
organizacionais de cada individualidade, isto é, o encarregado de ensinar, não
deverá intrometer-se na escolha do produto de limpeza, daquele que foi
devidamente escolhido para limpar, pois, ninguém melhor que o mesmo para saber
o melhor produto para facilitar a sua tarefa; tal como, o zelador jamais deverá
intrometer-se ou se preocupar com as possíveis escolhas temáticas de aulas a
serem ministradas, por parte do encarregado em ensinar, pois, ninguém mais do
que ele estará habilitado para decidir que metodologias deverão ser trabalhadas
para o melhor rendimento da estrutura geral.
Portando, deve-se sempre levar
em consideração, que a estrutura social é composta de pequenos e grandes,
fortes e fracos, ricos e pobres, ou seja, as mais variadas personalidades ou
condições possíveis. Porém, havendo o respeito à diversidade, e ao fator
hierárquico, em seu contexto organizacional, cada um terá a oportunidade de
demonstrarem os seus valores e representatividades que, uma vez sendo
devidamente aproveitadas e trabalhadas, em seus pontos em comum, propiciará uma
estrutura comunitária saudável e com equidade.
05 julho 2018
O papel da Agência Judaica para Israel
AULA
Nº 03 – 04 de Julho de 2018
A Agência Judaica para Israel (Jewish Agency for Israel), é uma entidade fundada em 1929, em Londres.
Tal instituição foi uma das principais responsáveis pela fundação do moderno
Estado de Israel, em Maio de 1948. Assim, a Agência Judaica atua junto ao
Governo de Israel, como porta-voz dos milhões de judeus da Galut (Diáspora).
Tal afirmativa pode ser
percebida a partir da conotação de sua missão institucional:
A
nossa ação foi imprescindível na fundação e construção do Estado de Israel e
continua a servir como o principal elo entre o Estado judeu e comunidades
judaicas em todo o mundo. Esta parceria global nos permitiu enfrentar os
maiores desafios do povo judeu em todas as gerações.
Hoje, ligamos a família judaica mundial,
trazendo judeus para Israel, e Israel para os judeus, proporcionando o
engajamento significativo de Israel e facilitando a Aaliyah. Nós construímos
uma sociedade melhor em Israel - e muito mais - estimulamos os jovens
israelenses e seus colegas em todo o mundo a redescobrir um senso de propósito
judaico coletivo.
A Agência Judaica continua a ser a primeira do
mundo judaico a responder, preparada para lidar com situações de emergência em
Israel, e para salvar judeus em situações de risco nos países onde se encontram.
(JEWISH AGENCY FOR ISRAEL, 2013).
Nesse sentido, a Agência
Judaica promove ações institucionais, capazes de ofertar aos judeus de todo o
mundo, a oportunidade de se sentirem como parte de Israel, permitindo também,
ao Estado de Israel, a oportunidade de perceber que está sendo apoiado por seus
descendentes, espalhados nos “quatro cantos do mundo”.
Dentre as ações mencionadas,
destacam-se:
Masa Israel Journey – programa voltado para jovens judeus entre 18 a 30 anos, que poderão passar de 5 a 12 meses no Estado de Israel, podendo atuar como voluntários, estudantes de Pós-graduação (Lato sensu ou Stricto sensu), além de estagiários;
Onward Israel – tal programa funciona durante o verão, ao qual jovens poderão realizar estágios, serviços de aprendizagem em inúmeros temas, estudos acadêmicos, além das inúmeras bolsas de estudos, patrocinadas por organizações judaicas e comunidades judaicas espalhadas na Galut;
Connect Israel: Redes Urbanas Jovens – ação criada em 2013, é voltada para atender jovens judeus imigrantes, com idades entre 18 a 35 anos, por meio da interação dos recém-chegados, para com veteranos que residem em Tel Aviv ou Jerusalém.
Masa Israel Journey – programa voltado para jovens judeus entre 18 a 30 anos, que poderão passar de 5 a 12 meses no Estado de Israel, podendo atuar como voluntários, estudantes de Pós-graduação (Lato sensu ou Stricto sensu), além de estagiários;
Onward Israel – tal programa funciona durante o verão, ao qual jovens poderão realizar estágios, serviços de aprendizagem em inúmeros temas, estudos acadêmicos, além das inúmeras bolsas de estudos, patrocinadas por organizações judaicas e comunidades judaicas espalhadas na Galut;
Connect Israel: Redes Urbanas Jovens – ação criada em 2013, é voltada para atender jovens judeus imigrantes, com idades entre 18 a 35 anos, por meio da interação dos recém-chegados, para com veteranos que residem em Tel Aviv ou Jerusalém.
Além disso, para o
fortalecimento coletivo das comunidades, a Agência Judaica oferece as seguintes
atuações:
Partnership2Gether – programa global que oferece a conectividade de aproximadamente 550 comunidades na Galut, a fim de que os membros mais distantes do Estado, gozem do sentimento de estarem o mais próximo possível de Israel, por meio mais 500 programas, com orçamento anual de US$ 25 milhões;
Shlichim (Emissários Israelenses) – programa de envio de emissários judeus israelenses, com a finalidade de desenvolverem trabalhos comunitários de orientação, e fomento da cultura judaica, a fim de que os valores judaicos sejam perpetuados;
Makom: Educação Inovadora de Israel – este programa oferece a oportunidade para o treinamento para a formação de educadores voltados a Educação sobre Israel, por meio de estudos pedagógicos dinâmicos e altamente modernos;
Comprometimento com a Diversidade – estas ações são voltadas para o fortalecimento de correntes organizacionais judaicas religiosas, pertencentes às correntes Liberal e Ortodoxa, propondo arrecadações de US$ 3 milhões anuais. Segundo o site da Agência, "entre os programas financiados pela Agência Judaica, existem também atividades com foco no treinamento de movimentos juvenis e liderança, sendo alguns deles: os movimentos judaicos Reformistas e Progressistas, a União Mundial para Judaísmo Progressivo [WUPJ], Hebrew Union College, as Sinagogas Unidas do Judaísmo Conservador, o Movimento Masorti, a Rede TALI de Escolas, o Instituto Schechter de Estudos Judaicos, o Seminário Rabínico Schechter, a União Ortodoxa e o Conselho dos Jovens Rabinos em Israel".
Partnership2Gether – programa global que oferece a conectividade de aproximadamente 550 comunidades na Galut, a fim de que os membros mais distantes do Estado, gozem do sentimento de estarem o mais próximo possível de Israel, por meio mais 500 programas, com orçamento anual de US$ 25 milhões;
Shlichim (Emissários Israelenses) – programa de envio de emissários judeus israelenses, com a finalidade de desenvolverem trabalhos comunitários de orientação, e fomento da cultura judaica, a fim de que os valores judaicos sejam perpetuados;
Makom: Educação Inovadora de Israel – este programa oferece a oportunidade para o treinamento para a formação de educadores voltados a Educação sobre Israel, por meio de estudos pedagógicos dinâmicos e altamente modernos;
Comprometimento com a Diversidade – estas ações são voltadas para o fortalecimento de correntes organizacionais judaicas religiosas, pertencentes às correntes Liberal e Ortodoxa, propondo arrecadações de US$ 3 milhões anuais. Segundo o site da Agência, "entre os programas financiados pela Agência Judaica, existem também atividades com foco no treinamento de movimentos juvenis e liderança, sendo alguns deles: os movimentos judaicos Reformistas e Progressistas, a União Mundial para Judaísmo Progressivo [WUPJ], Hebrew Union College, as Sinagogas Unidas do Judaísmo Conservador, o Movimento Masorti, a Rede TALI de Escolas, o Instituto Schechter de Estudos Judaicos, o Seminário Rabínico Schechter, a União Ortodoxa e o Conselho dos Jovens Rabinos em Israel".
Além dos programas e ações
mencionados, a Agência Judaica conta com os seguintes projetos:
Project TEN: Global Tikkun Olam – envolvendo o engajamento de jovens judeus de todas as nacionalidades, em comunidades espalhadas pelo mundo, a saber, em Hyderabad, na Índia; Gondar, Etiópia; Kiryat Shmona, Israel, e Oaxaca, México;
Projeto HEART – voltado a ações enfáticas a respeito das reconstruções de princípios e valores patrimoniais perdidos nos tempos do Holocausto, dando apoio e suporte para vítimas judias das atrocidades nazistas;
La’ad – projeto composto por pessoas treinadas, voltado para dar suporte e atendimento às vítimas do Holocausto, por meio de telefonemas e visitas para companhia nas residências;
Fundo de Assistência Emergencial – tal iniciativa visa à segurança e o fortalecimento de escolas judaicas, sinagogas e centros comunitários em todo o mundo;
Fundo para as Vítimas do Terrorismo – iniciativa voltada à prestação assistencial financeira, após um ataque terrorista, dando as vítimas sobreviventes, a sensação de estarem sendo acolhidas pelo Estado e pelo povo judeu, em geral;
Nativ – projeto de 07 semanas voltadas para soldados imigrantes que servirão às Forças de Defesa de Israel (IDF);
Net@ – projeto que visa o combate à exclusão digital em Israel, favorecendo jovens judeus de localidades periféricas;
Nitzana Eco-Village – um dos mais importantes centros de ativismo judaico, ao qual se promove o ambientalismo, tolerância e autoconfiança, para jovens que vivem em uma Comunidade em pleno deserto do Negev Ocidental.
Project TEN: Global Tikkun Olam – envolvendo o engajamento de jovens judeus de todas as nacionalidades, em comunidades espalhadas pelo mundo, a saber, em Hyderabad, na Índia; Gondar, Etiópia; Kiryat Shmona, Israel, e Oaxaca, México;
Projeto HEART – voltado a ações enfáticas a respeito das reconstruções de princípios e valores patrimoniais perdidos nos tempos do Holocausto, dando apoio e suporte para vítimas judias das atrocidades nazistas;
La’ad – projeto composto por pessoas treinadas, voltado para dar suporte e atendimento às vítimas do Holocausto, por meio de telefonemas e visitas para companhia nas residências;
Fundo de Assistência Emergencial – tal iniciativa visa à segurança e o fortalecimento de escolas judaicas, sinagogas e centros comunitários em todo o mundo;
Fundo para as Vítimas do Terrorismo – iniciativa voltada à prestação assistencial financeira, após um ataque terrorista, dando as vítimas sobreviventes, a sensação de estarem sendo acolhidas pelo Estado e pelo povo judeu, em geral;
Nativ – projeto de 07 semanas voltadas para soldados imigrantes que servirão às Forças de Defesa de Israel (IDF);
Net@ – projeto que visa o combate à exclusão digital em Israel, favorecendo jovens judeus de localidades periféricas;
Nitzana Eco-Village – um dos mais importantes centros de ativismo judaico, ao qual se promove o ambientalismo, tolerância e autoconfiança, para jovens que vivem em uma Comunidade em pleno deserto do Negev Ocidental.
Portanto, a Agência oferece
serviços de informações sobre imigração (Alyiar), por meio de seu Centro Globalde Serviços, com atendimento por telefone e e-mail, estando disponíveis em 07
idiomas, durante 22 horas por dia, 06 dias por semana. Contudo, percebe-se que
o judaísmo político caminha lado a lado com a esfera religiosa, permitindo a
sustentação do Estado de Israel e dos seus valores judaicos.
30 junho 2018
Panorama Sociopolítico do Judaísmo
AULA Nº 02 – 27 de Junho de 2018
O Judaísmo é composto por
inúmeras definições, baseadas em várias e diferenciadas opiniões de grupos e/ou
indivíduos. Tal perspectiva pode ser evidenciada no quantitativo de divisões e
micro divisões existentes, que caracterizam o lodo sociopolítico do modo de
vida judaico.
Nesse sentido, cabe
ressaltar-se que existem três grandes esferas (esquerda, centro e direita), que
compõem suas específicas divisões (extrema-esquerda, esquerda, centro-esquerda,
centro, centro-direita, direita e extrema-direita), ao qual se ajustam os
grupos religiosos e sociais desta dinâmica.
Com base nesse pressuposto,
os grupos que representam o universo sociopolítico do Judaísmo, dentro de um
formato religioso ou filosófico, são: Humanistas, Judaísmo Liberal/Progressista
– com as linhas: Reformista, Reconstrucionista, Conservador (Masorti) –,
Centristas, Ophen Orthodoxy, Judaísmo Ortodoxo (e Ultraortodoxo) – com suas
linhas: Modern Orthodox, Dati Leumi, Ortodoxia não-Hassídica, Yeshivish,
Hassídico, e Haredi. Destes grupos ou alas mencionadas, uns são reconhecidos
pelo Estado de Israel, outros pelo Estado e o Rabinato, e outros, somente são
reconhecidos alguns indivíduos, que compõem tais alas (Humanistas e
Centristas).
Fonte: SILVA JÚNIOR, J. R., 2018. |
Assim, eis a definição de
cada um destes mencionados:
ü Humanistas – Ala de
extrema-esquerda, composta por indivíduos não-religiosos (em muitos casos até
ateus), que possuem como foco a natureza humana e suas produções, a exemplo de Karl
Marx (1818 – 1883), e entre outros, que são judeus reconhecidos pelo Estado de
Israel, mas, não acreditam ou não dão ênfase a nenhuma figura Divina ou
religiosa.
ü Judaísmo Liberal/Progressista – Esta
corrente de cunho centro-esquerda surgiu no leste-europeu, no século XIX, com o
intuito de promover uma oposição às contradições da ortodoxia judaica da época.
Para essa corrente, é Judeu (ou Judia), tanto os(as) filhos(as) de mãe judia,
quanto os(as) filhos(as) de pai judeu, ou quem fez um beit din liberal ou ortodoxo. Desta corrente, surgiram os seguintes
grupos (linhas):
1.
Reformista
–
Esta linha foi à primeira do Judaísmo Liberal, sendo ela fundada na Alemanha,
no século XIX, vindo a ganhar força ao chegar aos EUA, por volta de 1840. É
composto por duas micro divisões: os reformistas clássicos e os
tradicionalistas. Para esta linha a Torah
é à base de tudo, sendo que, sua principal convicção está no fato de que as
leis são universais, logo, se adequam as necessidades da vida cotidiana, em
sinal de evolução do homem, e do conceito de atemporalidade da Torah, com forte ênfase na inclusão
social. Sendo que homens e mulheres possuem os mesmos direitos, logo, podem ser
ordenados a cargos religiosos;
2.
Reconstrucionista
–
Esta linha é o resultado da divisão ocorrida com o movimento Conservador, sendo
assim, trata-se da divisão de uma divisão do Judaísmo Reformista, considerando
que o Judaísmo Conservador é fruto de uma divisão dos reformistas, ou seja, os
reformistas se dividiram, formando os conservadores, que se dividiram formando
os reconstrucionistas, em meados dos anos de 1920 a 1940. Para esta linha a Torah é à base de tudo, e sua ênfase se
encontra no constante processo de evolução do ser humano, e na sua respectiva
capacidade de tomar decisões democraticamente, transformando o mundo em sua
volta. Sendo que homens e mulheres possuem os mesmos direitos, logo, podem ser
ordenados a cargos religiosos;
3.
Conservador
(Masorti) – Esta linha surgiu após a década de 1850, na
Alemanha, ganhando forças ao chegar aos EUA, no início do século XX. Sendo
esta, o resultado de uma divisão do Judaísmo Reformista. Conforme as demais
linhas do Judaísmo Liberal, para os conservadores a Torah é à base de tudo, sendo que acreditam que por mais evolutiva
possa se apresentar a contemporaneidade, as mitzvot
necessitam manter-se inalteráveis. Sendo que, homens e mulheres possuem os
mesmos direitos para o serviço religioso em algumas sinagogas, enquanto em
outras, apenas os homens possuem esse direito.
ü Centristas – Ala
genuinamente central, composta por indivíduos religiosos mas que não se
identificam com um grupo religioso específico, a exemplo de Albert Einstein
(1879–1955), e entre outros, que são judeus reconhecidos pelo Estado de Israel,
mas, não participam de grupos religiosos.
ü Ophen Orthodoxy – Conhecida
como Ortodoxia Aberta, este grupo pertence à ala central do Judaísmo político e,
embora utilize o termo ortodoxia, não possui nenhum vínculo com o sistema
ortodoxo. Tal grupo foi fundado recentemente, pelo rabino Avi Weiss, ao qual
pertencia a Modern Orthodox, ligada a ortodoxia de centro-direita do Judaísmo.
A mesma, defende a igualdade de gênero, por meio do ordenamento de homens e
mulheres aos cargos de lideranças religiosas, além de realizar oposição a
alguns critérios ortodoxos, a exemplo do combate ao exclusivismo, razão pela
qual as mulheres passariam a ter os mesmos direitos em relação aos homens.
ü Judaísmo Ortodoxo – Esta
corrente de cunho centro-direita, direita e extrema direita do Judaísmo
político, surgiu como continuidade daquilo que se acredita como a sequência dos
grandes atributos históricos e filosóficos do Judaísmo, pautado na Halachá e
ensinamentos difundidos por grandes sábios do povo judeu, ao longo dos séculos.
Para esta corrente, só é Judeu (ou Judia), quem é filho(a) de mãe Judia, ou se
converteu num beit din ortodoxo. Além
de que, homens e mulheres não possuem os mesmos direitos, em se tratando de
cargos ou funções da vida religiosa. Desta corrente, surgiram os seguintes
grupos (linhas):
1. Modern Orthodox – Esta
linha se configura como sendo de centro-direita, foi criado a partir de 1935,
nos EUA, por meio da necessidade de muitos membros em seguir uma ortodoxia e,
ao mesmo tempo, que não fosse desvinculada com a realidade contemporânea. A
exemplo dos demais grupos ortodoxos, a Torah e os demais livros dos sábios
judeus renomados, são a base de sustentação espiritual e social. Dos grupos
ortodoxos, este é o mais aberto, considerando a capacidade de cada membro
seguir os padrões da Halachá e, ao mesmo tempo, adequando cada lei a sua rotina
específica. Nesse sentido, torna-se comum numa sinagoga Ortodoxa Moderna,
encontrar-se judeus das mais variadas formas, seja no modo de se vestir, ou de
se posicionar;
2. Dati Leumi – Esta
linha se configura como sendo de direita, tendo surgido ao final do século XIX,
a partir da necessidade de manter-se o padrão de vida ortodoxo, conciliado a
interesses políticos ligados a fundação do Estado de Israel. Com isso, tal
grupo presa o fator político sionista, tal como presa o fator espiritual;
3. Ortodoxia não-Hassídica – Este
grupo se configura como sendo de direita, tendo sido criado em meados do século
XVIII na Europa. Os mesmos possuem como ideologia, o princípio de que todas as mitzvot necessitam ser observadas, tal
como foram entregues no Sinai. A divisão do ensino entre “escolas para meninos”
e “escolas para meninas”, revelam o quanto são restritos e exclusivistas,
diferenciando-se das demais correntes mais acirradas da ortodoxia, pelo fato de
considerarem importante alguns estudos seculares e a utilização controlada do
uso das tecnologias;
4. Yeshivish – Este
grupo se configura como sendo de direita, embora não seja uma divisão oficial
da ortodoxia judaica (por não terem um organismo sistemático próprio), mas, é
um grupo que na prática existe, sendo formado por alguns membros do judaísmo
ortodoxo norte-americano, em geral, que possuem algo em comum, que é o fato de
falarem, agirem e viverem, como se estivessem 24h dentro de uma Yeshivah, independente do local que
estejam, ou com quem estejam;
5. Hassídico – Esta
linha se configura como sendo de direita, a mesma foi fundada em meados do
século XVIII, por meio da influência dos ensinamentos de Baal Shem Tov. Tal
grupo tem como principal aspecto, o credo aprofundado no misticismo judaico,
além de possuírem uma rigorosa assiduidade em relação à Halachá, ao ponto de que, se na Halachá for solicitado que um judeu mantenha a distância de 2m de
uma mulher, os hassidim manterão 5m
de distância. Ao longo da história, já houveram mais de 100 grupos, até meados da
Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Atualmente, existem cerca de uns 50 grupos,
aos quais são denominados a partir da cidade em que são fundados, a exemplo de:
Lubavitch, Vizhnitz, Satmar, e entre outros, cada um seguindo o formato
proposto por cada Rebe em particular;
6. Haredi – Esta
linha se configura como sendo de extrema-direita (ultraortodoxa), com ares de
radicalismo, pois, muitos não trabalham, não servem ao Exército de Israel, e
ainda exigem que o Estado os sustentem, enquanto se dedicam aos estudos
sagrados. Acreditam que a Torah é à base de tudo, e a sua forma de
interpretação necessita ser 100% literal. Tal grupo é o mais radical do
Judaísmo, e surgiu como uma tentativa de oposição ao Judaísmo Liberal,
colocando uma ênfase de contrariedade para cada ação tomada pelos liberais, exemplo:
se no Judaísmo Liberal, não-judeus são bem-vindos, para os haredim, os
não-judeus não são bem-vindos. Se os liberais se vestem de modo moderno, os
heredim, deverão se vestir o mais reservado possível, e assim por diante.
Contudo,
cabe ressaltar que, todas estas correntes e grupos (linhas) aqui apresentados,
com exceção dos Humanistas, nenhum se coloca como contrário àquilo que está
estabelecido na Torah, mas sim, combatem a forma com que as correntes ou grupos
interpretam tais ordenanças. Além do mais, embora muitas fontes digam que o
Estado de Israel só reconhece três correntes (Liberal, Conservador e Ortodoxo),
o fato é que, Israel só reconhece duas correntes, pois, o grupo Conservador
(Masorti) é uma linha dentro do Judaísmo Liberal, logo, torna-se redundante para
esta finalidade, falar de Judaísmo Liberal e Conservador, uma vez que um está
contido no outro.
Portanto,
segundo os padrões corretos, as correntes reconhecidas são o: Judaísmo Liberal (com suas linhas) e Ortodoxo (com suas linhas). Os demais
grupos ou alas, que não estão alinhados com estas duas grandes correntes, não
são oficiais, isto é, não possuem conversões aceitas pelo Rabinato ou pela Agência
Judaica para Israel. Mesmo que alguns de seus membros sejam reconhecidamente
judeus, perante o Estado, sendo que, o Rabinato só reconhece conversões
realizadas dentro dos critérios da ortodoxia; enquanto a Agência Judaica
reconhece tanto o da ortodoxia, quanto as conversões do sistema liberal, por
meio do encaminhamento das federações (por Estado) e confederações (por país),
para finalidades de Alyiah.
26 junho 2018
Um breve histórico e legado do Judaísmo Liberal
AULA Nº 01 – 20 de Junho de 2018
O Judaísmo Reformista surgiu
no final do século XIX, com o intuito de promover reparos na estrutura social
judaica, ao qual, repercutia na crítica aos posicionamentos exclusivistas da
ala ortodoxa do Judaísmo na Alemanha. Paralelo a este ambiente, surgiu na
Europa ares de mudança e busca por melhorias no padrão de vida de muitos
judeus, aos quais viviam em estado social deplorável, com raras exceções,
considerando alguns grandes empresários, industriais e eruditas judeus.
Esse ambiente social, ao
qual se tinha a necessidade de modificar-se, surgiu em meio às perseguições
propagadas por grupos maioritários, presentes em países da Europa. Com isso,
essa necessidade de mudança propiciou a constituição do princípio filosófico e
político do Sionismo, ao qual teve na figura de Theodor Herlz, o seu principal
divulgador.
A divulgação do sionismo
entre as comunidades e guetos judaicos na Europa, aliado com o avanço das
perspectivas de reforma do Judaísmo, influenciaram muitas ações pró-fundação do
Estado de Israel, a exemplo do forte Lobby
realizado na Inglaterra, ambiente que contribuiu com a criação da Keren Hayesod,
em dezembro de 1920, instituição que visava (e ainda visa), a arrecadação
financeira para eventual patrocínio de propostas sionistas, que visam o bem e o
fortalecimento do Estado de Israel (ao qual seria fundado em 1948).
Fonte: WUPJ, 2018. |
Em 10 de julho de 1926, é
fundado a World Union for Progressive Judaism (WUPJ), conhecida como União
Mundial para o Judaísmo Progressista, com o intuito de dar suporte político as
ideias e concepções progressistas do Judaísmo, ao qual seria a responsável por
aquilo que se entende como: Judaísmo Liberal, Reformista, Reconstrucionista e
Conservador (Masorti), entendida no geral, como a ala centro-esquerda do
Judaísmo, além da Open Orthodoxy, considerada ala esquerda numa visualização
política.
Apesar de se utilizar muitos
termos, cada grupo citado possui uma natureza específica – a exemplo dos
Reconstrucionistas que vieram dos Reformistas, e os Conservadores, que vieram
dos Reconstrucionistas. Porém, estão todos conectados a proposta enfatizada
pelo Judaísmo Progressista/Liberal. Eis a razão de muitos serem favoráveis a
uma concepção de modo aberto e, outros de modo mais conservador, pois, o Judaísmo
Progressista, em sua esfera Reformista, não obriga ninguém a fazer aquilo que
não se sente bem, ainda mais quando os costumes combatidos não são os que a
Torah especifica, mas sim, o que as tradições humanas enfatizam, visando os
seus interesses próprios.
Além disso, destaca-se que,
ações conjuntas e alinhadas de instituições, a exemplo da WUPJ, Keren Hayesod e
a Jewish Agency for Israel (Agência Judaica para Israel – fundada em 1929 –,
sendo estas organizações, contribuintes ímpares para o Lobby em torno do processo de fundação do Estado de Israel, em 14
de maio de 1948. Uma das provas que o movimento liberal não visa o combate dos
valores da Torah, mas sim, a manutenção do sentimento sionista, tendo como
principal ferramenta, o fortalecimento do aspecto comunitário (social) do
Judaísmo, como garantia de perpetuação dos valores judaicos.
A prova desta fundamentação,
encontra-se nos objetivos da WUPJ, que é o de “garantir que todos os judeus
tenham acesso a uma vida judaica vibrante e pessoalmente significativa que,
possa melhor inspirá-los espiritualmente e garantir o futuro do povo judeu,
seja no Estado de Israel ou em todas as nações”. Hoje, a WUPJ conta com um
público de mais de 1.800.000 pessoas, presentes em mais de 50 países,
distribuídos em 06 continentes, tendo a sua sede em Jerusalém.
Novos ventos, novos tempos
Aos poucos o Judaísmo no Maranhão vai tomando o seu devido rumo, e conseguindo o seu espaço significativo. Grupos e comunidades estão aos poucos sendo formados, nas cidades de Imperatriz, Grajaú, São Luís e Açailândia. Tais organismos que estão sendo formados, estão recebendo o apoio de grandes instituições judaicas, ligadas ao Judaísmo Liberal/Progressista. Uma ata de adesão foi assinada e enviada, em Dezembro de 2017, sendo que, um primeiro contato presencial de uma grande organização, foi estabelecido num evento de 3 dias, na cidade de Imperatriz, no mês de Fevereiro de 2018.
Com isso, o povo maranhense amante do Judaísmo e, desejoso em praticar e viver o mesmo com sinceridade e honestidade, terão a oportunidade de fazerem parte de uma destas comunidades, e viverem o Judaísmo que tanto buscavam. Que HaShem fortaleça este projeto no MA, além destas comunidades, que estão se fortalecendo nas cidades de Imperatriz, Grajaú, São Luís e Açailândia.
03 janeiro 2018
JUDAÍSMO NO MARANHÃO: uma perspectiva particular do atual momento
Com
o passar dos tempos, o advento do “fenômeno Sefaradi (ou Sefardita)” tem
ganhado proporções imensas, nos quais, surgem as imensas divisões e
subdivisões. Existem os grupos dos que acreditam serem judeus, mesmo não tendo
provas, e se colocam como atuantes; existem outros que realmente são e que
possuem comprovações, mas, não possuem sequer algum ânimo necessário pela causa;
já outros, possuem a certeza que são, mas, possuem determinadas fragilidades
quanto à identidade no ato de firmar-se, isto é, hora se reconhecem como tal
(mediante as suas comprovações), hora não se reconhecem (quando são
desencorajados); além dos idealistas, que independente de comprovações (sendo
ou não), possuem o ânimo fundamental pela causa.
No
Estado do Maranhão existem as seguintes situações, conforme descritas acima que,
na realidade, ocorrem em quase todos os lugares em que se manifeste tal advento
do fenômeno. Entretanto, o Maranhão é um dos poucos Estados em que a evolução
da causa judaica é prejudicada e ameaçada constantemente por esta situação
apresentada, pois, se não bastasse à adversidade do antissemitismo (presente em
qualquer lugar do mundo), aqui existe o pior inimigo que os descendentes de
judeus que, buscam firmar as suas identidades, poderiam ter, ou seja, “a concorrência
entre si estimulada pela vaidade”.
Traçando
um perfil psicológico de muitos dos novos adeptos do Judaísmo, conclui-se que, uma
grande camada destas pessoas apresentam uma imensa dificuldade em se adaptar a
um “mundo com regras básicas”, considerando que, qualquer iniciativa que vise o
desenvolvimento da causa judaica no Estado, se esbarra na própria dificuldade
dos adeptos que, insistem desnecessariamente, em “lutar pelo poder”. Com um
intenso e intrigante perfil coletivo contraditório, que lamentam pelas poucas
ações realizadas no Estado, mas, que não toleram que se tomem as devidas
iniciativas para que a causa saia da inércia. Com isso, o Judaísmo no Maranhão
está resumido a inúmeros grupos fragmentados, com a existência de alguns isolados
em suas individualidades.
O Maranhão
tem um grande potencial, com um histórico muito rico sobre os sefarditas
atuando nas cidades do interior do Estado, desde meados do Período Colonial,
entretanto, o grande desafio para o sefardita residente do Maranhão, é
sobreviver à vaidade proposta pela ignorância de muitos, que preferem ver a
causa “estacionada” do que “reacionária e vibrante”!
Que
HaKadosh, Baruch Hu, tenha piedade dos que sonham e agem em prol desta causa!