Blog do José Ribeiro Júnior

Judaísmo, mais que uma religião, um estilo de vida

Pratique a Torah, pois, Judaísmo é prática.

Bnei Anussim

Nordeste, reduto dos cripto-judeus.

Judaísmo Sefaradi

Brasil e os Bnei Anussim.

Judaísmo e os seus aspectos

Aspectos judaicos presentes na cultura brasileira e nordestina.

Identidade Judaica

Os desafios de se viver uma identidade plena.

28 março 2020

A LIBERTAÇÃO DE UMA MENTALIDADE ESCRAVIZADA: paralelo entre os hebreus e os povos da contemporaneidade



Há exatos 3.332 anos, no mês judaico de Nissan, Moshe libertava o povo hebreu da escravidão no Egito, após uma série de acontecimentos sobrenaturais, que serviram para pressionar o faraó a autorizar a saída do povo. Entretanto, um dos pontos mais intrigantes, além da dificuldade imposta pelo governo egípcio na época, foi à resistência do próprio povo referente ao ato de liberdade, liderado por Moshe.
Posteriormente a saída/retirada, não demorou muito e se iniciaram os primeiros problemas, pois, a retirada foi corpórea (física), mas, muitos ainda possuíam suas mentes aprisionadas ao sistema. Houveram aqueles que choraram sentindo falta das “cebolas do Egito”; outros que, exclamavam com discursos pessimistas de que iriam morrer de fome ou de sede; enquanto outros, argumentavam que seria melhor viver como escravos, do que morrer na guerra em meio ao deserto.
Nesse vai e vem de fatores, em que Moshe e seu irmão Aharon, tentavam a todo custo, mostrar dados confiáveis ao povo, referente aos milagres presenciados, os livramentos obtidos, as provisões alcançadas, e os cuidados em geral, dados pelo Criador a estes. Foram quarenta anos – isso sim, foi uma quarentena –, de caminhada, lutas, vitórias, perdas, conquistas que, fatidicamente, serviu para filtrar uma camada populacional de mente escravizada, do qual, somente entrariam na sonhada e prometida terra, após a geração escrava passar, restando aos seus descendentes (de mentes mais esclarecidas), o privilégio da aquisição e posse do território.
Mais de três milênios depois, podemos fazer um novo paralelo: entre os escravos da antiguidade, e os escravos modernos da contemporaneidade, pois, o mundo foi acometido de uma nova grande “praga”: o Coronavírus (COVID-19), situação ímpar para revelar o quanto a humanidade mudou ou, o quanto ela continua a mesma.
Independente de visão política ou discursos demagógicos, vemos a humanidade (com suas prioridades) imposta a contenção, por meio do isolamento social, em ritmo de quarentena. Homens e mulheres estão obrigados a confinassem em suas próprias casas, para conter o avanço e velocidade da contaminação do vírus. Situação esta, que fez-nos lembrar daqueles hebreus, recém-libertos dos domínios do rei egípcio, quando reclamavam de sua liberdade, atribuindo sua escravidão como a melhor alternativa. Da mesma forma em que muitos hoje, lutam por seus empregos, nem que para isso, tenham que pagar com o agravamento de suas saúdes, enquanto os governos e algumas das grandes corporações fazem campanha para que estes fiquem em casa.
Do mesmo modo, percebemos com este fato dos povos isolados em suas residências hoje, que nem sequer se compara com o grau de dificuldade vivenciada pelos israelitas em processo nômade na Antiguidade, mas, que evidenciam o mesmo fator que levou os hebreus a peregrinarem os quarenta anos: o murmúrio e o pessimismo. Muitos nesta humanidade hodierna não conseguem perceber no privilégio de estarem, em tempo integral, em suas casas, com os seus familiares. Coisas que só podiam fazer raramente em feriados anuais.
Muitos não conseguem perceber a importância de estarem mais próximos dos filhos, da oportunidade de reavaliar a vida, da capacidade de se planejarem para o pior ou para o melhor, da possibilidade de saírem mais fortalecidos, em meio aos horrores desta crise. É tempo de termos paciência, de esperarmos o “anjo da morte passar” – na segurança de que nossos umbrais estão identificados e protegidos. É tempo de proteger nossos familiares, impedindo-os de terem que se deparar com um sistema hospitalar sucumbido, enquanto necessitam de socorro.
Que este isolamento social possa servir para reconhecermos a importância de um aperto de mão, de um abraço, e de um beijo, pois, hoje estes são os principais atos que propõe o contágio. Que neste tempo de aflição, possamos dar o apoio a quem precisa, mesmo que estejamos temporariamente distantes. Que a tecnologia, que antes era vista como uma ferramenta que nos distanciava, possa ser utilizada como um objeto para esta reaproximação.
Espero que o nosso povo possa perceber que, sobreviver neste momento é o mais importante que qualquer fator financeiro, pois, não será o risco de perder seus empregos ou deixarem de arrecadar, que vão impedi-los de sobreviver. Devemos lembrar-nos da força humana que temos. Devemos lembrar que muitos, mesmo desempregados, conseguiram escapar de situações ruins, dando a devida volta por cima, desse modo, não será diferente com esta atual realidade.
Portanto, de uma forma ou de outra, sobreviveremos a esta calamidade, mas, teremos que nos abster de ações que nos levam diretamente ao problema. Numa guerra, às vezes é melhor recuar para atacarmos com melhores condições, do que promovermos atos de bravuras isolados, complicando ainda mais o caos. Que tenhamos a consciência de que é o sistema que depende de nós (força humana), e não nós quem dependemos dele.

24 fevereiro 2019

JUDAÍSMO LIBERAL/REFORMISTA NO MARANHÃO: passos progressistas


Após anos de obscuridades quanto à oficialidade da prática judaica no Maranhão, uma luz no fim do túnel tem sido cada vez mais visível, para aqueles que desejam vivenciar um Judaísmo articulado ao padrão da regularidade sistemática do processo. A cidade de Imperatriz, intitulada de “Portal da Amazônia”, despontou-se como um “portal de esperança” para todo o estado maranhense, pois, após ela, outras cidades tem buscado experimentar a prática judaica sob o aspecto de uma tutela institucional.
Até o momento, cidades maranhenses como Grajaú e São Luís, demonstram o entusiasmo de vincular-se a um projeto com ares pioneiros, estando ao lado do avanço imperatrizense. Com isso, neste cenário já é visível o despontar de outras cidades, que poderão também estar contribuindo com os avanços desta causa no MA.
Este aspecto de vinculação institucional, deu seu início formal a partir de Dezembro de 2017, quando um grupo familiar, acompanhado de alguns outros interessados, pactuaram entre si, por aderirem ao movimento Liberal/Reformista, dando início a saga de um projeto que visa estabelecer comunidades israelitas oficiais, dando margem ao surgimento de uma federação israelita que possa representar o Estado do Maranhão no cenário judaico oficial.


Passado um curto espaço de tempo, em Agosto de 2018, durante 6º Encontro Regional da UJR-AmLat (WUPJ), em Recife, uma pequena comissão composta por 04 representantes do Maranhão, esteve presente no evento. Tal participação neste evento, trouxe aos participantes do Maranhão, e os demais vinculados ao Projeto FISMA, o sentimento de pertença necessário para estarem lutando por dias melhores no Estado, a fim de que a causa judaica esteja devida e oficialmente representada.
Assim, este tem sido o cenário atual no MA. Paralelo a isto, alguns grupos sectários não oficiais, lutam para sobreviverem no MA, enquanto o Projeto FISMA, que no momento reúne pessoas de Imperatriz (CISRA), Grajaú (CISGRA) e São Luís (CISL), além de outras cidades que sutilmente se despontam no Estado, vem ganhando força política e notoriedade. Com isso, acredita-se que, em breve, estas cidades venham possuir comunidades israelitas oficializadas, para que o povo maranhense que preza pelo autêntico judaísmo, possa vivenciar uma vida comunitária regularizada, livres de grupos sectários, que se formam visando o engano e a capitação de recursos financeiros.

Mazal Tov, aos membros da FISMA e suas comunidades!

Mazal Tov, ao povo do Maranhão!

29 julho 2018

Os cuidados necessários para que se evitem ações excludentes


AULA Nº 05 – 25 de Julho de 2018

Muitos dos novos adeptos e aspirantes ao Judaísmo, costumam utilizar-se de alguns procedimentos peculiares, como fator comportamental de exclusão, para se sentirem firmados naquilo que consideram ser “o mundo judaico”, ou, “a forma judaica de se pensar”. Nesse sentido, é comum vermos pessoas recém-chegadas à proposta judaica, utilizando termos como “goy” (gentio ou não judeu), postando nas redes sociais constantes frases judaicas, ou até mesmo utilizando ternos pretos constantemente em pleno calor nordestino, para que possam parecer-se com aquilo que acreditam ser uma identidade judaica.
Tal sentimento está intrinsecamente ligado ao fato de que muitos desses(as) indivíduos(as), já trazem noções de preconceitos dos grupos religiosos ao qual estão saindo, e ao se despertarem para uma possível prática judaica, de certa forma, sofrem (ou sofreram) algum tipo de rejeição de grupos judaicos já constituídos (sejam pela dureza destes ou por possíveis testes) e, com isso, tais indivíduos aspirantes acabam que, de modo comportamental, sentindo a necessidade de se colocarem em pé de igualdade com os grupos judaicos oficiais já existentes, assim, estes recém-chegados iniciam-se naquilo que acreditam ser o Judaísmo, com requintes de desigualdades, desinformações e muito extremismo.
Esses mesmos indivíduos, acabam desenvolvendo ares de audácia ao ponto de quererem rivalizar até mesmo com os grupos judaicos oficiais, a exemplo de quando estes se deparam com grupos judaicos do seguimento liberal, classificando os judeus liberais como “não-judeus”, e o Judaísmo Liberal como não sendo Judaísmo. Isto é, tais aspirantes agem de modo absurdo e sem sequer medir com aquilo que pensam ou que dizem.
E, assim, poluem as redes sociais com mensagens discriminatórias a religião cristã e demais grupos (sendo que muitos destes indivíduos vieram destas religiões), além de se posicionarem contra homossexuais, além de serem contra o papel social da mulher, além de criticarem os modos de se vestir das pessoas aos quais não estejam do mesmo modo que eles acreditam ser os corretos, enfim, bombardeiam milhares de pessoas com mensagens de ignorância, contribuindo para que muitas pessoas de fora do Judaísmo, acreditem que o Judaísmo seja tal como o pensamento desses indivíduos que auto-intitulam-se de judeus.
De fato, no Maranhão, ainda presenciamos pessoas com esse perfil comportamental, perfil esse, que deve ser evitado para as pessoas que estão aspirando ao Judaísmo de modo oficial. De fato, é comum ver e ouvir as pessoas dizendo “no Judaísmo, onde tem 02 judeus, existem 03 opiniões”. Porém, tais pessoas que costumam dizer isso, às vezes esquecem que essa máxima reflete aquilo que o Judaísmo melhor possui, que é a diversidade de posicionamentos.
Assim, torna-se fundamental que se busque o respeito e a valorização da diversidade, pois, o modelo judaico que um(a) indivíduo(a) vivencia hoje, poderá não satisfazer o(a) mesmo(a) amanhã, ou, há outras pessoas que mesmo professando sua fé nos valores judaicos, possui configurações diferentes uns dos outros, o que reforça o princípio de que devemos ter o devido respeito ao espaço de tempo das pessoas, além da maturação e evolução das mesmas.
Portanto, àqueles que são aspirantes de um Judaísmo institucionalmente regularizado, fica a esta dica, de que devem ter o cuidado para que comecem suas caminhadas judaicas do modo correto, isto é, tentando evitar a concretização de preconceitos, a fim de que, possivelmente, possam ser aceitos no Judaísmo sem maiores transtornos.

17 julho 2018

IDENTIDADE COMUNITÁRIA: os desafios para equidade




AULA Nº 04 – 11 de Julho de 2018 


A estrutura familiar na sua condição social primária, revela aquilo que se pode imaginar em torno da expressão social em geral, considerando que, a sociedade é a representação daquilo que conhecemos por sistema social secundário. Nesse pressuposto, podemos destacar que tudo parte de um sistema mais simples, para que seja atingido numa expressão mais complexa. Tal como acontece com todo objeto existente no Universo, dos quais são compostos por estruturas de átomos coligados, e que se expressam por meio de igualdade (pontos iguais) e pontos de diferenças, devidamente ordenados pela equidade (funcionamento dos pontos iguais dentro das diferenças).
Conforme o exposto, destaca-se que, a busca pela formação, aplicação e sustentação de uma estrutura comunitária não é tão simplória de se executar como muitos imaginam, considerando as peculiaridades existentes em cada parte integrante da estrutura social de uma comunidade. No Judaísmo, a ação comunitária é o fator preponderante para a perpetuação de valores e tradições, expressas e passadas de geração para geração.
Desse modo, considerando uma base estrutural rudimentar, isto é, tendo por base pessoas provindas de outras religiões ou, que possuam origem judaica, porém, tais indivíduos encontram-se em estado de assimilação cultural, por parte de outras estruturas sociais. Tais pessoas encontram de fato, uma dificuldade gigantesca para vivenciarem um retorno ou conversão ao Judaísmo, a exemplo das estruturas que estão se consolidando no Brasil e, em especial, no MA.
Ao que consta a realidade, percebe-se que muitos destes desejosos em praticar o Judaísmo, ao buscarem uma estrutura comunitária, com vínculos, integrações, participações conjuntas, se deparam com a dura realidade adversa aos propósitos. Tais dificuldades provêm de fatores ligados ao quadro pessoal de cada indivíduo, em que muitos, querem viver um Judaísmo à sua maneira ou, conforme compreendem como seja o estilo de vida judaico.
Uns buscam um estilo mais tradicional, desejando que os demais assim também sejam; enquanto, outros buscam a adequação de um papel comunitário, frente aos desafios locais. Os atritos desse embate, contribuem para o enfraquecimento de toda a estrutura social, ao qual se pretende compor. Mediante a esta situação, muitos imaginam que as bases de uma comunidade forte e bem constituída, encontra-se em na busca pela igualdade.
Entretanto, como obter uma igualdade mediante a composição da diversidade presente na estrutura social? Tal questionamento define o tão complexo é o princípio da integração de um sistema social. Nesse sentido, a igualdade é tudo aquilo que envolve radicalmente o nivelamento de situações, a exemplo da cor 100% preta, que é igual à cor também expressa como 100% preta (o óbvio, pelo óbvio).
Nesse pressuposto, como oferecer uma igualdade para uma estrutura social composta pela diversidade? Simplesmente é impossível! E, isso se pode afirmar com base no princípio de que tal situação violaria os direitos a estrutura comportamental dos seres humanos, originada no ato de pensar, e na sua eventual capacidade de se organizar em grupos.
Nesse sentido, o que uma comunidade necessita para alavancar-se está contida não na igualdade dos seres que a compõem, mas sim, na capacidade dos mesmos em conviverem mutuamente, em busca de equilíbrio. Com isso, uma comunidade que se preze, e que necessita ser posta em vigor, para que os seus membros vivam em estrutura organizacional, deverá incessantemente buscar por “equidade”.


A equidade pode ser vista como um fator que trabalha determinados pontos de igualdade em meio à diversidade, oferecendo a possibilidade de ações que pairam em torno do equilíbrio social, a fim de que cada ser humano seja equivalente ao seu semelhante, dentro do respeito de suas respectivas diferenças, com qualidades e/ou defeitos.
A prova de que uma sociedade precisa ter ações pautadas nas diferenças, e busca constante de pontos de equilíbrio, para a obtenção de uma equidade, pode ser percebida nas afirmações do sociólogo e judeu francês, Émile Durkheim (1858–1917), que defendia o princípio de que a sociedade só funcionava, pois agia de modo diferenciado, mutuamente, não podendo assim existir, caso tudo fosse igual.
Assim, as diferenças sociais devem existir, as desigualdades precisam existir, o que não se pode existir são os extremos, isto é, a criação de uma extrema riqueza, baseada na exploração e criação de uma extrema pobreza. Nesse sentido, não se pode pensar numa estrutura social em que só existam professores, e nenhum aluno(a); ou, que sejam 100% compostas por alunos, mas, com nenhum professor(a). Tal como uma estrutura judaica, não poderia existir se todos os membros fossem rabinos, não existindo outras funções ou membros; do mesmo modo, em que uma estrutura comunitária judaica, padeceria se todos fossem apenas membros comuns, não possuindo representação política ou religiosa (dando margem para a criação de oportunismos por parte de alguns).
Nesse sentido, se alguém é destacado para ser o zelador de uma sinagoga numa estrutura comunitária iniciante, que tal pessoa se contente e se orgulhe de seu papel, pois será um papel único e relevante. Tal como os demais membros destacados para outras tarefas, que devem trabalhar para o benefício das mesmas, pois, cada peça estando no seu devido lugar, funcionará como um fator de êxito para todos.
Assim, cada um deve responsabilizar-se de seus atributos, não interferindo nos modos organizacionais de cada individualidade, isto é, o encarregado de ensinar, não deverá intrometer-se na escolha do produto de limpeza, daquele que foi devidamente escolhido para limpar, pois, ninguém melhor que o mesmo para saber o melhor produto para facilitar a sua tarefa; tal como, o zelador jamais deverá intrometer-se ou se preocupar com as possíveis escolhas temáticas de aulas a serem ministradas, por parte do encarregado em ensinar, pois, ninguém mais do que ele estará habilitado para decidir que metodologias deverão ser trabalhadas para o melhor rendimento da estrutura geral.
Portando, deve-se sempre levar em consideração, que a estrutura social é composta de pequenos e grandes, fortes e fracos, ricos e pobres, ou seja, as mais variadas personalidades ou condições possíveis. Porém, havendo o respeito à diversidade, e ao fator hierárquico, em seu contexto organizacional, cada um terá a oportunidade de demonstrarem os seus valores e representatividades que, uma vez sendo devidamente aproveitadas e trabalhadas, em seus pontos em comum, propiciará uma estrutura comunitária saudável e com equidade.

05 julho 2018

O papel da Agência Judaica para Israel



AULA Nº 03 – 04 de Julho de 2018

A Agência Judaica para Israel (Jewish Agency for Israel), é uma entidade fundada em 1929, em Londres. Tal instituição foi uma das principais responsáveis pela fundação do moderno Estado de Israel, em Maio de 1948. Assim, a Agência Judaica atua junto ao Governo de Israel, como porta-voz dos milhões de judeus da Galut (Diáspora).
Tal afirmativa pode ser percebida a partir da conotação de sua missão institucional:
 

A nossa ação foi imprescindível na fundação e construção do Estado de Israel e continua a servir como o principal elo entre o Estado judeu e comunidades judaicas em todo o mundo. Esta parceria global nos permitiu enfrentar os maiores desafios do povo judeu em todas as gerações.
 Hoje, ligamos a família judaica mundial, trazendo judeus para Israel, e Israel para os judeus, proporcionando o engajamento significativo de Israel e facilitando a Aaliyah. Nós construímos uma sociedade melhor em Israel - e muito mais - estimulamos os jovens israelenses e seus colegas em todo o mundo a redescobrir um senso de propósito judaico coletivo.
 A Agência Judaica continua a ser a primeira do mundo judaico a responder, preparada para lidar com situações de emergência em Israel, e para salvar judeus em situações de risco nos países onde se encontram. (JEWISH AGENCY FOR ISRAEL, 2013).

Nesse sentido, a Agência Judaica promove ações institucionais, capazes de ofertar aos judeus de todo o mundo, a oportunidade de se sentirem como parte de Israel, permitindo também, ao Estado de Israel, a oportunidade de perceber que está sendo apoiado por seus descendentes, espalhados nos “quatro cantos do mundo”.
Dentre as ações mencionadas, destacam-se:

Masa Israel Journey – programa voltado para jovens judeus entre 18 a 30 anos, que poderão passar de 5 a 12 meses no Estado de Israel, podendo atuar como voluntários, estudantes de Pós-graduação (Lato sensu ou Stricto sensu), além de estagiários; 
Onward Israel – tal programa funciona durante o verão, ao qual jovens poderão realizar estágios, serviços de aprendizagem em inúmeros temas, estudos acadêmicos, além das inúmeras bolsas de estudos, patrocinadas por organizações judaicas e comunidades judaicas espalhadas na Galut;
Connect Israel: Redes Urbanas Jovens – ação criada em 2013, é voltada para atender jovens judeus imigrantes, com idades entre 18 a 35 anos, por meio da interação dos recém-chegados, para com veteranos que residem em Tel Aviv ou Jerusalém.
Além disso, para o fortalecimento coletivo das comunidades, a Agência Judaica oferece as seguintes atuações:

Partnership2Gether – programa global que oferece a conectividade de aproximadamente 550 comunidades na Galut, a fim de que os membros mais distantes do Estado, gozem do sentimento de estarem o mais próximo possível de Israel, por meio mais 500 programas, com orçamento anual de US$ 25 milhões;
Shlichim (Emissários Israelenses) – programa de envio de emissários judeus israelenses, com a finalidade de desenvolverem trabalhos comunitários de orientação, e fomento da cultura judaica, a fim de que os valores judaicos sejam perpetuados;
Makom: Educação Inovadora de Israel – este programa oferece a oportunidade para o treinamento para a formação de educadores voltados a Educação sobre Israel, por meio de estudos pedagógicos dinâmicos e altamente modernos;
Comprometimento com a Diversidade – estas ações são voltadas para o fortalecimento de correntes organizacionais judaicas religiosas, pertencentes às correntes Liberal e Ortodoxa, propondo arrecadações de US$ 3 milhões anuais. Segundo o site da Agência, "entre os programas financiados pela Agência Judaica, existem também atividades com foco no treinamento de movimentos juvenis e liderança, sendo alguns deles: os movimentos judaicos Reformistas e Progressistas, a União Mundial para Judaísmo Progressivo [WUPJ], Hebrew Union College, as Sinagogas Unidas do Judaísmo Conservador, o Movimento Masorti, a Rede TALI de Escolas, o Instituto Schechter de Estudos Judaicos, o Seminário Rabínico Schechter, a União Ortodoxa e o Conselho dos Jovens Rabinos em Israel".
Além dos programas e ações mencionados, a Agência Judaica conta com os seguintes projetos:

Project TEN: Global Tikkun Olam – envolvendo o engajamento de jovens judeus de todas as nacionalidades, em comunidades espalhadas pelo mundo, a saber, em Hyderabad, na Índia; Gondar, Etiópia; Kiryat Shmona, Israel, e Oaxaca, México;
Projeto HEART – voltado a ações enfáticas a respeito das reconstruções de princípios e valores patrimoniais perdidos nos tempos do Holocausto, dando apoio e suporte para vítimas judias das atrocidades nazistas;
La’ad – projeto composto por pessoas treinadas, voltado para dar suporte e atendimento às vítimas do Holocausto, por meio de telefonemas e visitas para companhia nas residências;
Fundo de Assistência Emergencial – tal iniciativa visa à segurança e o fortalecimento de escolas judaicas, sinagogas e centros comunitários em todo o mundo;
Fundo para as Vítimas do Terrorismo – iniciativa voltada à prestação assistencial financeira, após um ataque terrorista, dando as vítimas sobreviventes, a sensação de estarem sendo acolhidas pelo Estado e pelo povo judeu, em geral;
Nativ – projeto de 07 semanas voltadas para soldados imigrantes que servirão às Forças de Defesa de Israel (IDF);
Net@ – projeto que visa o combate à exclusão digital em Israel, favorecendo jovens judeus de localidades periféricas;
Nitzana Eco-Village – um dos mais importantes centros de ativismo judaico, ao qual se promove o ambientalismo, tolerância e autoconfiança, para jovens que vivem em uma Comunidade em pleno deserto do Negev Ocidental.
Portanto, a Agência oferece serviços de informações sobre imigração (Alyiar), por meio de seu Centro Globalde Serviços, com atendimento por telefone e e-mail, estando disponíveis em 07 idiomas, durante 22 horas por dia, 06 dias por semana. Contudo, percebe-se que o judaísmo político caminha lado a lado com a esfera religiosa, permitindo a sustentação do Estado de Israel e dos seus valores judaicos.